quinta-feira, 12 de março de 2009
Questão de temperamento? por Leo Mano
Posted on 08:29 by Mourão, Elcio Conte Lofredo
Questão de temperamento?
Como eu já havia dito, peguei uma turma de 12 alunos com idades entre 12 e 14 anos. Haviam meninos e meninas e os temperamentos eram os mais variados.
Àquela altura do ano, todos já sabiam jogar e dar os mates elementares. Naquela fase ainda inscipiente de xadrez, seria muito otimismo encontrar um "estilo" de jogo para cada um. De fato, as partidas eram decididas pelos erros inevitáveis que aconteciam muito antes que qualquer plano ou estratégia pudesse ser esboçado.
Seguir a cartilha básica do desenvolvimento de abertura já era uma grande conquista e todos evoluiam mais ou menos no mesmo ritmo.
Nas reuniões com os professores, onde eles me passavam a evolução dos alunos em sala de aula, percebi que a impressão deles sobre o comportamento e o temperamento dos alunos nem sempre coincidia com a minha.
"O aluno Chiquinho era muito tímido! Agora ele não tem medo de perguntar quando tem dúvida. Melhorou muito!", disse o professor. Ora, pensava eu, ele nunca foi tímido! Desde a primeira aula de xadrez ele se mostrou muito interessado.
Se o comportamento de cada aluno pode variar dependendo do ambiente onde está, como determinar o verdadeiro temperamento de cada um?
Lembrei, então, de um problema de xadrez que, apesar de ser muito simples para jogadores experientes, seria um desafio para meus alunos. Mesmo assim, eu sabia que eles tinham condições de resolve-lo.
Eu queria matar uma curiosidade: Não me importava o tempo que levassem para encontrar a solução. O que eu queria saber, mesmo, era qual solução cada um encontraria...
Não se pergunte qual delas combina mais com você... Apenas descubra qual delas lhe ocorrerá primeiro!
Àquela altura do ano, todos já sabiam jogar e dar os mates elementares. Naquela fase ainda inscipiente de xadrez, seria muito otimismo encontrar um "estilo" de jogo para cada um. De fato, as partidas eram decididas pelos erros inevitáveis que aconteciam muito antes que qualquer plano ou estratégia pudesse ser esboçado.
Seguir a cartilha básica do desenvolvimento de abertura já era uma grande conquista e todos evoluiam mais ou menos no mesmo ritmo.
Nas reuniões com os professores, onde eles me passavam a evolução dos alunos em sala de aula, percebi que a impressão deles sobre o comportamento e o temperamento dos alunos nem sempre coincidia com a minha.
"O aluno Chiquinho era muito tímido! Agora ele não tem medo de perguntar quando tem dúvida. Melhorou muito!", disse o professor. Ora, pensava eu, ele nunca foi tímido! Desde a primeira aula de xadrez ele se mostrou muito interessado.
Se o comportamento de cada aluno pode variar dependendo do ambiente onde está, como determinar o verdadeiro temperamento de cada um?
Lembrei, então, de um problema de xadrez que, apesar de ser muito simples para jogadores experientes, seria um desafio para meus alunos. Mesmo assim, eu sabia que eles tinham condições de resolve-lo.
Eu queria matar uma curiosidade: Não me importava o tempo que levassem para encontrar a solução. O que eu queria saber, mesmo, era qual solução cada um encontraria...
Não se pergunte qual delas combina mais com você... Apenas descubra qual delas lhe ocorrerá primeiro!
Brancas jogam e dão mate em 2 lances
Leo Mano
www.oproblemista.com.br
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Visitas
Clima/Tempo de Mendes.
Festival Folia MóVidão & CXM
Arquivo do Blog
- ► 2010 (313)
- ▼ 2009 (468)
6 Response to "Questão de temperamento? por Leo Mano"
Pow essa é fácil, 1.Ta8+ RxTa8 e 2. Tc8++
Abs
moglichess.blogspot.com
Grande Leo Mano, a observância do comportamento principalmente das crianças, adolescentes e jovens, nos mostra inúmeras facetas até então desconhecidas de muitos, o xadrez tem esse poder, e nos ensinamentos enxadristicos quando aplicados a eles, revelam-se comportamentos diversos e surpreendentes para alguns, isso é muito gratificante para quem ensina a “Arte de Caissa”.
Parabéns Leo, é o lado cientifico sendo aplicado, observado e registrado!!!
Grande Leo Mano, a observância do comportamento principalmente das crianças, adolescentes e jovens, nos mostra inúmeras facetas até então desconhecidas de muitos, o xadrez tem esse poder, e nos ensinamentos enxadristicos quando aplicados a eles, revelam-se comportamentos diversos e surpreendentes para alguns, isso é muito gratificante para quem ensina a “Arte de Caissa”.
Parabéns Leo, é o lado cientifico sendo aplicado, observado e registrado!!!
Vi 1.Td6 desafogando o rei que joga obrigatoriamente 1...Rc8 e em seguida o mate com 2.Ta8#
Mas com o sacrifício é mais bonito, hahaha.
Olá Reinier. Vc acertou uma das soluções. Interessante o fato de que as crianças com pouquíssima experiência também encontram esta solução mais frequentemente que a outra (existem duas soluções para o problema).
Creio que o desapego material, o ímpeto juvenil (quase inconsequente) contribuem para este resultado. Mas algumas crianças encontram apenas a outra solução que pode revelar um temperamento muito diferente...
Celso, suas palavras foram generosas demais! Foi muito legar ter te conhecido pessoalmente.
Grande abraço,
Leo Mano
Oi, Lais. Vc acertou a segunda solução que considero a mais bonita. O fato da Tc6 ter "pista livre" até h6 mas apenas o preciso 1.Td6 funcionar, revela alguma determinação... o aluno não se deixa levar pelo fato de todas as demais casas falharem, não abandona a idéia e encontra a única casa que atende o enunciado.
Lembrando que este desafio não tem valor com jogadores com alguma experiência pois estas, certamente, influenciarão sua solução mais fortemente que qualquer outro aspecto.
Agora que as soluções foram colocadas (e sob o ponto de vista de um aluno absolutamente iniciante), será verdade que o temperamento pode determinar a resposta do aluno???
Postar um comentário