Para nós a 1ª rodada de modo geral não saiu ruim. A equipe A enfrentou a Hebraica-Rio, contra a qual era favoritíssima, com a formação que se manteve estática durante todo o torneio, na ordem: MI Perdomo, Silvio, MF Wagner e Igor. O Elcio ficou sempre na reserva porque, como já dito, ficou com toda a parte de bastidores. Já equipe B enfrentou o IBC, contra a qual também era favorita no papel, apesar de que o favoritismo e o nada são bem próximos na Classe B, a C1, n°1 de rating da Classe C, enfrentou o Grande Roque e a C2, justamente a equipe mais nova e menos experiente, teve o confronto mais complicado, contra a rodada equipe 1 do Club Municipal.
O resultado foi muito animador. A equipe A ganhou por 3,5 x 0,5, a B apertado, como seria a tônica até o fim do torneio, por 2,5 x 1,5, a C1 por 3,5 x 0,5 e até a C2 conseguiu arrancar um empate heróico graças a um grande jogo do Calegário. Fomos para o almoço cheios de confiança, mal sabia o que nos esperava.
Já que toquei em almoço, permitam-me uma rápida digressão: esses almoços em conjunto são ótimos para agregar ainda mais o grupo como um todo, muito importante em um Interclubes, e definir estratégias para as rodadas seguintes. Para mim esse foi nosso maior diferencial e, se depender de mim, também será esse ano.
Quando voltamos, um pequeno susto no emparceiramento. Tudo que tinha sido bom na 1ª rodada, se virou contra. No Classe A enfrentamos a imbatível Grande Roque com direito aos Mis Berardino, Limp e Dragan, na C1 enfrentamos o fortíssimo Clube de Xadrez de Petrópolis (CXP) e na C2, a n° 2 do torneio, ALEX 2. Só a B parecia ter um confronto menos complicado contra o Clube de Xadrez Vassouras (CXV). Ledo engano, como pode-se verificar facilmente do resultado final, no qual o CXV se sagrou campeão em uma zebra histórica.
Se o emparceiramento não foi tão bom, os resultados foram piores ainda. Na A, o MI Perdomo ainda empatou com o Diego di Berardino para salvar um 0,5 x 3,5, na B uma derrota inesperada por 1,5 x 2,5 que podia ser pior ainda não fosse o jogo maluco no tabuleiro 1 entre Rômulo e Silvio Henriques que fizeram erros consecutivos em um final razoavelmente simples para 2 classes B experientes e no fim empataram. Na C1, um derrota muito sofrida também por 2,5 x 1,5 com direito a um empate do Streva que até hoje não entendi direito, já que, para mim, ele estava claramente melhor.
Na C2, outra derrota por 2,5 x 1,5. Porém não foi de todo mal para o que esperava. Esse foi o único confronto do torneio que eu fiquei realmente com muito medo de tomar um sonoro 0 x 4. Isso foi evitado por um empate rápido do Lucas, que se portou como um tabuleiro 1 super experiente apesar dos míseros 8 anos de vida, e de mais uma pérola do Calegário em uma inglesa bem chata que durou mais de 3 horas e meia. Levando em conta o contexto, acho que foi o resultado menos ruim da rodada.
Se no tabuleiro já ficou ruim, nos bastidores também não foi diferente. Ao fim do dia realizamos que poderíamos ficar sem reservas na B, já que o Rômulo estava vindo no sacrifico para o Interclubes apesar de imperiosos problemas pessoais, mas poderia não vir sábado ou domingo. Sem Yuri e Felipe Fernandes, que não vieram, a equipe poderia ficaria apenas com 4 componentes. Ainda tivemos problemas na C2.
Fomos para a casa com uma espinha entalada na garganta. Essa 2ª rodada tão ruim não estava nos planos. Porém tínhamos 2 alentos: ainda faltava muito torneio e esses resultados ruins no início costumam gerar adversários mais fáceis na rodada seguinte. Mas nem sempre dá a lógica...
Por Rafael Rafic